Fotos Históricas

domingo, 15 de maio de 2011

Um Pouco de nossa História



Chã do Carpina
O lugarejo começou a ser povoado a partir da segunda metade do século XVII, por exploradores de pau-brasil. O nome foi motivado pela presença por volta de 1822, de um tanoeiro (carpinteiro) de nome Martinho Francisco de Andrade Lima que residia numa chã ( lugar plano ), a quem os almocreves (condutores de bestas de carga) o chamavam de "Carpina".
As atividades econômicas se ampliaram com a implantação dos engenhos para fabrico de açúcar e consequentemente o desenvolvimento de culturas de subsistência. O crescimento da Chã do Carpina se deu em virtude de vários fatores, destacando-se a salubridade do clima; a proximidade e a facilidade de condução para a Capital da Província.
Em face dessas vantagens várias famílias do Recife, na primeira metade do século XX, se estabeleciam ali durante o veraneio. Com a construção da linha férrea para Limoeiro-PE, inaugurada em 1882, a Chã do Carpina ganhou uma estação intermediária.
Floresta dos Leões
Chã do Carpina, em 15 de dezembro de 1901, mudou o nome para Floresta dos Leões, numa homenagem a João Souto Maior, líder da Revolta Pernambucana de 1817, apelidado de Leão de Tejucupapo, e a seus seguidores, os leões, que se haviam refugiado na chã do Carpina, depois de um combate com as tropas governistas. Distrito criado, pela lei municipal nº 12, de 15-12-1901, subordinado aos municípios de Pau d'Alho e Nazaré.
Pela lei estadual nº 991, de 01-07-1909, Floresta dos Leões foi Elevado à categoria de vila.
Pela lei estadual nº 1931, de 11-09-1928, a vila foi elevada à categoria de cidade, desmembrado dos municípios de Pau d'Alho e Nazaré. Constituído de 2 distritos: Floresta dos Leões e Lagoa do Carro, sendo a sede municipal Floresta dos Leões.
Carpina
A origem e a trajetória da evolução de um povo devem ser conhecidas e refletidas, para que as gerações futuras sintam a real necessidade de construir uma história, mais digna e promissora.
Com este objetivo a relatamos um pouco da historiografia de Carpina.
"A história mostra o que os homens foram e fizeram. Isso nos ajuda a decidir o que podemos ser e fazer."
No período colonial brasileiro, a estrutura administrativa foi a de Capitanias hereditárias. Em 1534 a Capitania de Pernambuco que se estendia desde o rio São Francisco até o rio Igarassu, coube ao donatário Duarte Coelho Pereira que tinha como um dos objetivos, o povoamento da região. As primeiras cidades brasileiras fundadas neste período surgiram, em sua maioria ao longo do litoral em razão da busca de áreas apropriadas para o cultivo da cana-de-açúcar e para o fácil escoamento da produção e exportação de tal produto. É possível que esse mesmo processo tenha levado a ocupação do atual município de Carpina, cuja área é resultado do desmembramento dos municípios de Paudalho e Nazaré da Mata, que pertenceram às capitanias de Pernambuco e Itamaracá.
Mediante registros orais, em 1870, veio do Recife uma caravana composta por dezesseis portugueses, uns carpinteiros, outros marceneiros, chefiados por Francisco Coelho, atraídos por informações da existência de uma grande mata virgem, em terras sem dono entre Nazaré e Paudalho.
Origem do nome
A origem do nome é atribuída ao carpinteiro Martinho Francisco de Andrade Lima, a quem chamavam de o "carpina". Porém, existiam outros carpinteiros como, Martinho José de Andrade Lima e Luís José de Melo, deixando a dúvida de a quem de fato se deve o nome do município. Porém é certo que foram eles que contribuíram para o surgimento da cidade.
O nome "Chá do Carpina" foi dado pelos almocreves do interior, notadamente de Limoeiro e Bom Jardim, que carregavam em Recife, dormiam em Camaragibe e madrugavam para passar cedo na Mata de São João, com medo de serem assaltados. Dormiam na Chã do Carpina onde trabalhavam dezenas de carpinas, tirando madeiras para construção.
"Antes da estrada de ferro, um carpina em companhia da mãe velhinha, a tia Aninha, que à sombra de uma jaqueira vendia cachos de banana. jaca e cachimbos. De caminho, os cargueiros e viajantes paravam na tenda do carpina. repousando e comendo, vindo daí a expressão de Chã do Carpina". (Sette, Mário- Senhora de Engenho - Ed. Asa Pernambuco, 1986.)
A partir de 15 de dezembro de 1901, pela lei municipal n° 12, passou a chamar-se distrito de Floresta dos Leões, numa homenagem não intencional aos pernambucanos heróis da Guerra dos Mascates, de 1710, (entre Recife e Olinda) que fugindo das perseguições do inimigo vencedor, se refugiaram em floresta de Tracunhaém, liderados por Leão Falcão Eça. Eis a floresta e os leões da floresta. (Anais Pernambucanos. Costa, F. A. Pereira da. FUNDARPE - 1983.)
Segundo alguns, foi o Dr. Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo, morador da localidade, que pediu ao presidente Afonso Pena - em excursão pelo Nordeste, a permissão para mudar o nome do lugar para Floresta dos Leões. Ele concordou e doou um conto de réis para ajudar na compra do Leão de bronze que seve num pedestal, na Praça de São José, inaugurado a 7 de setembro de 1909. Nesse monumento, em placa comemorativa, lê-se: "O povo ajoelhado venera os heróis de Pernambuco chamando-os "Leões do Norte".
Esta nova denominação foi bem aceita por Paudalho, mas Nazaré recusava-se a usá-la. Somente em 09 de dezembro de 1938, através de decreto - Lei Estadual volta à localidade a ser denominada de Carpina, por sugestão do jornalista Mário Melo que recomendava a volta dos nomes de origem de algumas cidades pernambucanas.
A mudança do nome não agradou aos "leo-florestanos," segundo enquete feita pelo Floresta jornal. A Lei Estadual nº 991 de 01 de julho de 1909 elevou a localidade à categoria de vila abrangendo dois distritos: o de Floresta dos Leões, pertencente à Paudalho e o de Carpina, pertencente a Nazaré da Mata.
Emancipação
A divisão do território trouxe insatisfação a várias pessoas, que começaram a articular sobre a unificação e emancipação do território. Dentre eles foram:
  • - Armando Tabosa de Souza Gayoso,
  • - Antônio Bezerra de Menezes,
  • - Baltazar Ferreira Pinto,
  • - Eurico Gonçalves Guerra,
  • - João Batista de Carvalho,
  • - José Simplicio de Lima Júnior,
  • - José Pessoa Cavalcanti de Petribú,
  • - José Estevão de Oliveira,
  • - Oswaldo Ranulfo Freire,
  • - Roberto Pulsem Rawlinson.
  • A Emancipação
    O agrônomo Gileno De Carli e Manoel' de Luna Filho ( através de escritos publicados em jornais locais).
    O Jornal "O Planalto" de 19 de novembro de 1933, diz que a luta pela emancipação durou cerca de 43 anos até se concretizar.
    A luta pela emancipação de Carpina foi articulada no engenho Limeira Grande, tendo como organizador do movimento, o Dr. Roberto Pulsem Rawlinson. A primeira reunião se deu em sua residência no dia 29 de outubro de 1922.
    Em 1923, o deputado Armando Gayoso apresentou projeto de lei que tornaria Carpina independente em 16 de maio de 1923, por Lei Estadual nº. 1572, que não foi posta em prática.
    Só através da Lei Estadual nº. 1931, de 11 de setembro de 1928, no governo de Estácio Coimbra, é que Carpina se tomaria independente. A Primeira divisão distrital após a emancipação foi feita através da Lei Estadual nº 92 de 3l/0 l/38. O perímetro do município não se conservou como tal até os dias atuais, pois em virtude do descontentamento de Paudalho pela perca territorial, o Decreto Lei Estadual n° 952. de 3l/12/43, concedeu novamente parte do território a Paudalho, Nazaré da Mata perdeu para Carpina os seguintes engenhos: Limeira grande, Canadá, Floresta, Brejinho, São Francisco, Limeirinha, São João Batista, Angústia, Caramuru, Açude do Meio, Serra da Fonte, Rosário, Retiro e Santa Cruz.
    Aspécto Político Administrativo
    Mesmo sendo República, o Executivo municipal brasileiro passou um período sendo nomeado pelo governador do Estado. Em Carpina foram os seguintes:
    • - Cel. Ernesto Pompílio do Rêgo, dono do engenho Serraria, tendo como sub-prefeito o Sr. José de Petribú. (15/11/1928) - Joaquim Carneiro da Cunha (11/10/30 - 10/12/32)
    • - Baltazar Ferreira Pinto (12/12/32 - 18/06/35)
    • - Benjamin Dias Coutinho (19/06/35 - 30/10/36)
    • - Baltazar Ferreira Pinto ( 01 /11/36 - 18/11/37)
    • - Eurico Gonçalves Guerra 919/11/37 - 01/10/38)
    • - Joaquim Gonçalves Guerra ( OUI0/38 - 28/07/39)
    • - Major Carlos Afonso de Melo (29/07/39 - 20/11/44)
    • - João Teobaldo de Azevedo (21/11/44 - 17/05/46)
    • - Major Manoel Alves de Queiroz (18/05/46 - 29/05/47)
    • - Hermínio Aroucha (09107/47 - 30/07/47)
    • - Manoel Tavares Carneiro da Cunha (01/08/47 - 30/10/47)
    A partir de então, os prefeitos passaram a ser eleitos pelo voto do povo.
    • - João Saturnino Cavalcanti (01/11/4 -14/11/51)
    • - José Francisco de Morais (15/11/51- 15/11/55)
    • - Major Carlos Afonso de Melo (15/11/55 - 15/11/59)
    • - José Fernando Lobo (15/11/59 - 15/11/63)
    • - Dr. José Pereira Cardoso (15/11/63 - 31/01/69)
    • - Maelbe José Batista Ramos "Mano" (31/01/69 - 31/01/73)
    • - Manoel Augusto Lemos do Rego "Néo" (31/01/73 - 31/01/77)
    • - Carlos Adilson Pinto Lapa (31/01/77 - 31/01/83)
    • - Sergiofredo Santa Cruz Silva (31/01/83 - 31/01/89)
    • - Joaquim Pinto Lapa Filho (31/01/89 - 31/01/93)
    • - Maelbe José Batista Ramos (01 /01/93 - 31/12/96)
    • - Joaquim Pinto Lapa Filho (01/01/97 - 31/12/00) / (01/01/2001 - 31/12/2004)
    • - Manuel Severino da Silva "Botafogo" - 01/01/2005 - Em Exercício

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